União Missionária nasceu por inspiração do bem-aventurado Pe. Paulo Manna, missionário do PIME, que foi chamado pelo seu primeiro biógrafo “uma alma de fogo” e “cujo nome merece ser inscrito com letras de ouro nos anais da Igreja” (Paulo VI, Carta Apostólica Graves et Increscentes, 4). Seu objetivo era de animar e formar os fiéis batizados em sua responsabilidade missionária, através do serviço pastoral de bispos e sacerdotes, segundo o lema “A Igreja inteira para o mundo inteiro”. Percebendo a pouca consciência missionária por parte do clero, ele fundou esta Obra, a fim de despertar os padres para a missão além-fronteiras, a partir da vocação missionária de cada batizado.
A obra foi aprovada em 31 de outubro de 1916, pelo Papa Bento XV.
Em todo este processo de maturação, foi providencial a colaboração de Dom Guido Maria Conforti, Bispo de Parma (Itália), fundador dos missionários Xaverianos, que foi o primeiro presidente da União, no período 1917-1927.
A União Missionária visava inicialmente só os padres, mas o Papa Pio XII, em 1956, ao declará-la “Pontifícia”, a ampliou para religiosos e religiosas, de vida ativa e contemplativa, e também para aqueles que, de uma forma ou de outra, participam na animação e formação missionária das comunidades cristãs.
Em 1966, o Papa Paulo VI, que ajudou a União a retornar à sua identidade original, de serviço à fé e à missão de todos os batizados, disse que ela é “a alma das demais Obras Missionárias” e “apta para fomentar principalmente uma intensa espiritualidade missionária” (Graves et Increscentes, 27).
Hoje, esta Obra busca um novo modo operacional de formação missionária para todo o Povo de Deus. Em 2016, foi lançado um trabalho de escuta, estudo e discernimento para compreender e atender às necessidades locais de formação permanente para a fé e evangelização das Igrejas particulares, especialmente as vinculadas à Congregação para a Evangelização dos Povos, nos vários temas eclesiais (fiéis leigos, famílias, jovens, catequistas, bispos, sacerdotes e diáconos, religiosos e religiosas).
A União Missionária tem como finalidade:
1. Promover processos de sensibilização, de todos os sujeitos eclesiais, sobre a questão missionária;
2. Ajudar a conservar viva, nos fiéis, a consciência do dever da cooperação missionária;
3. Oferecer a formação missionária, em vista da universalidade, a todos os sujeitos eclesiais e em todos os níveis;
4. Proporcionar a formação missionária dos futuros presbíteros em vista de um autêntico espírito missionário;
5. Promover uma mística missionária capaz de animar os candidatos ao presbiterado e à vida consagrada para a missão universal;
6. Fomentar a consciência da vocação e responsabilidade missionária dos presbíteros em vista de um novo impulso à missão evangelizadora na sociedade, na Igreja local e no além-fronteiras.
1. Colaborar, em espírito de sinodalidade, com as demais Obras Pontifícias, no que se refere à formação missionária;
2. Cooperar, no campo da formação missionária, com outras instituições e organismos eclesiais
(Comissão Missionária da CNBB, Comissão Nacional de Presbíteros, Comissão Nacional de
Diáconos, Conferência dos Religiosos do Brasil, Organização dos Seminários e Institutos do Brasil,
Comissão Nacional dos Conselhos Missionários de Seminaristas, Centro Cultural Missionário;
3. Promover e apoiar iniciativas de formação missionária para os ordenados (bispos, presbíteros e diáconos) seminaristas, consagrados/as e leigos/as;
4. Incentivar, articular e assessorar encontros de formação, simpósios, seminários, congressos e retiros missionários;
5. Fomentar, apoiar e propagar o estudo de missiologia entre vários sujeitos e em diversos espaços eclesiais;
6. Ajudar na criação e articulação dos Conselhos Missionários de Seminaristas (COMISEs), acompanhá-los e assessorá-los nas atividades promovidas;
7. Promover e coordenar as Assembleias Nacionais de coordenadores regionais de COMISEs e os Congressos Missionários de seminaristas;
8. Motivar a participação de presbíteros e seminaristas nos projetos de Igrejas-Irmãs, nos da missão ad gentes além-fronteiras e nas experiências missionárias;
9. Orientar retiros missionários para diversos sujeitos eclesiais;
10. Incentivar e promover a divulgação de notícias e acontecimentos missionários nos meios de comunicação e nas redes sociais.
A Pontifícia União Missionária, “é como a alma das outras Obras [Pontifícias]” (Instrução Cooperatio Missionalis, 4), visto que foi instituída para “educar a sensibilização missionária dos sacerdotes, dos seminaristas, dos membros dos Institutos (masculinos e femininos) de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica, e dos seus candidatos, bem como dos missionários leigos comprometidos diretamente na missão universal” (Cooperatio Missionalis, 4).
Para contribuir na realização dessa finalidade, a União Missionária no Brasil, através do seu secretário nacional, realiza anualmente diversas tarefas servindo-se também de meios próprios e da colaboração de diversas instâncias eclesiais que têm como finalidade a formação inicial e permanente de todo o Povo de Deus. Por isso, procura estreitar a cooperação com essas instâncias, inserindo-se dentro da caminhada sinodal da Igreja no Brasil, a serviço da construção do Reino de Deus.
Essa cooperação é realizada com:
A Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB
A Comissão Nacional de Diáconos
(CND)
A Comissão Nacional de Presbíteros
(CNP)
A Conferência dos Religiososdo Brasil
(CRB)
A Comissão Nacional dos Conselhos
Missionários de Seminaristas
(COMISEs)
Centro Cultural Missionário (CCM) da
CNBB
Esse serviço de articulação e colaboração, no que se refere à formação missionária, objetiva contribuir para criar nos cristãos – ordenados, consagrados e leigos – uma nova mentalidade, mentalidade missionária; essa é uma tarefa urgente, mas também, árdua e difícil. Ela exige mudança de certas estruturas e um novo tipo de formação: “É importante promover e cuidar de uma formação qualificada. […] É preciso ter a coragem de levar a fundo uma revisão das estruturas de formação e preparação do clero e do laicato da Igreja que está no Brasil. […] A situação atual exige uma formação qualificada em todos os níveis. […] A tão almejada mudança passa pela formação” (Papa Francisco, Discurso no Rio de Janeiro, no dia 28 de julho de 2013, durante a JMJ).
A União Missionária no Brasil, através do serviço de formação missionária, tem feito esforço para ajudar a fomentar a consciência da vocação e responsabilidade missionária em vista de um novo impulso à missão evangelizadora na sociedade, na Igreja local e no além-fronteiras.
Procura motivar as pessoas a viverem, com responsabilidade, coragem e coerência, sua vocação de discípulos missionários, tanto em diversos setores da sociedade, como também no âmbito eclesial; a serem agentes ativos no processo de conversão pastoral que deve levar a Igreja a ultrapassar uma pastoral de mera conservação para assumir uma pastoral decididamente missionária (cf. DAp 370); a ajudarem a repensar os objetivos, as estruturas, o estilo e os métodos evangelizadores (cf. EG 33).
Existem diversas formas de cooperação entre a União Missionária e outras instâncias eclesiais, tais como:
• Participação nos Grupos de Trabalho e nas comissões em vista de preparação de eventos no nível nacional;
• Assessorias nos encontros e cursos de formação missionária nos Regionais, nas Dioceses e no CCM;
• Assessorias nos Congressos Missionários em diversos níveis e para diversas categorias de pessoas;
• Assessoria nos retiros de espiritualidade missionária, em diversos níveis e para diversas categorias de pessoas;
• Colaboração com a Comissão Nacional de Diáconos nos encontros de formação missionária, retiros e outros eventos;
• Colaboração com a Comissão Nacional de Presbíteros nos encontros de formação missionária, retiros e outros eventos;
• Colaboração com a Conferência dos Religiosos do Brasil nos encontros de formação missionária, retiros e outros eventos;
• Colaboração com a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB nos encontros de formação missionária nos Regionais e nas Dioceses;
• Colaboração com a Comissão Nacional dos Conselhos Missionário de Seminaristas através de assessorias nos encontros de formação missionária, retiros, congressos missionários, da elaboração de subsídios formativos, da articulação e preparação de experiências missionárias de seminaristas em nível nacional, regional, provincial e diocesano;
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